Harry Potter e a Criança Amaldiçoada

O teatro brasileiro entre o palco e as planilhas

O teatro brasileiro quase teve sua própria versão da peça “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada”, continuação oficial da saga do bruxo. Mas o que parecia pura magia esbarrou em algo bem terreno: a conta não fechou.

O projeto, liderado por Vinicius Munhoz e sua produtora VME, estava em desenvolvimento havia quase uma década — com audições abertas, contratos assinados e pré-produção iniciada. Segundo ele, era uma operação de “alguns milhões de reais em dois dígitos”, que acabou adiada por inviabilidade financeira. “O risco foi todo meu”, diz.

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O caso escancara o desafio de transformar o teatro brasileiro em um negócio sustentável. Munhoz começou no setor aos 17 anos, em “O Rei Leão”, e hoje busca um modelo que una arte e gestão. No Teatro Multiplan, em São Paulo — administrado pela própria VME —, ele produz “Por Toda a Minha Vida”, uma peça autoral, sem leis de incentivo ou patrocinadores. “Se o teatro não fosse nosso, a peça não teria acontecido”, afirma.

Na coluna Na Sua Tela, no UOL, Munhoz fala sobre o caminho da profissionalização do setor e a busca por um modelo de negócios saudável — que una propriedades intelectuais de sucesso com projetos autorais sustentados por nomes de peso ou até por criadores de conteúdo da internet.

“Eu não quero ser dependente das leis de incentivo pro resto da vida”, ele me disse.

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