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Disney anuncia novo streaming da ESPN, saiba detalhes e preço

Vem aí o novo streaming de esportes da Disney. O nome? ESPN. E vai custar cerca de R$ 170 por mês. Nos EUA, claro.

A Disney anunciou nesta terça-feira, 13, que está relançando os canais esportivos para a era do vídeo pela internet. A marca será apenas ESPN, com as quatro icônicas letras, sem adendos.

Em um mundo de “+”, “Play” e “Now”, é tão bom ver alguém ficando no bom, básico e direto ao ponto.

Isso tudo apenas nos Estados Unidos, é bom frisar. Por lá, já existe uma plataforma chamada ESPN+, que é uma espécie de complemento ao que é exibido na televisão paga. Porém, a maioria das transmissões ao vivo não passava por lá. Isso vai mudar.

O novo ESPN, o streaming, terá todo o sinal linear da ESPN, os canais. Tudo vendido diretamente ao consumidor, sem a necessidade de intermediários. Ou seja, quem ainda está na TV por assinatura por causa da NFL ou da NBA poderá finalmente cortar o cabo.

Ao vender direto ao consumidor, a Disney ganha controle total da experiência, dos dados e da receita. Isso já acontece com filmes e séries, mas agora chegou ao esporte, um dos últimos bastiões da televisão tradicional.

Planos e preços da nova ESPN

Estarão disponíveis dois planos. O principal será chamado Unlimited, com tudo o que tem direito, incluindo os sinais lineares de ESPN, ESPN2, ESPNU, SEC Network, ACC Network, ESPN News e do bloco ESPN on ABC, além dos sinais digitais de ESPN+, ESPN3, SECN+ e ACCNX. São cerca de 47 mil eventos ao vivo por ano.

Tudo isso por uma módica quantia de US$ 29,99 por mês — ou R$ 168, no câmbio atual. Como “quem converte não se diverte”, vale dizer que a assinatura do plano padrão da Netflix nos EUA sai por US$ 17,99 (R$ 101), na versão sem anúncios.

Pois é, esporte ao vivo é caro.

ESPN+, que tem cerca de  25 milhões de assinantes e vem patinando desde 2022, vai ser substituído pela na nova plataforma
ESPN+, que tem cerca de 25 milhões de assinantes e vem patinando desde 2022, vai ser substituído pela na nova plataforma (crédito: divulgação / Disney)

Para quem quiser assinar o combo com o Disney+ e o Hulu, o preço total ficará em US$ 35,99 (R$ 202). Contudo, no lançamento, a empresa vai oferecer esse pacote completo por “apenas” US$ 29,99. Ou seja, claramente vão dar de graça os outros dois serviços.

A outra opção será o tier chamado Select, que basicamente mantém tudo o que já está no ESPN+ — incluindo o preço: US$ 11,99 mensais.

Não foi informada uma data de lançamento para a nova plataforma, mas isso deverá ocorrer a tempo de transmitir a próxima temporada da NFL, que começa em setembro.

É uma decisão coerente com o futuro do consumo de mídia. A Disney está apostando que a ESPN ainda tem força suficiente para ser um destino direto — sem precisar da velha TV ou de plataformas genéricas. A longo prazo, pode ser uma jogada decisiva para manter relevância da marca na internet.

E no Brasil?

No nosso país, nada muda. A subsidiária local da Disney tentou algo parecido, unindo a ESPN com o conteúdo mais adulto de seu catálogo – com muita coisa vinda da antiga Fox. Era o Star+. Eles logo abandonaram a estratégia, e tudo foi combinado dentro do Disney+.

Hoje, quem quiser a maioria dos esportes ao vivo da ESPN no streaming precisa assinar o Disney+ Premium, que sai por R$ 62,90 mensais.

A realidade do mercado brasileiro e latino-americano — com menor poder aquisitivo e penetração da TV por assinatura mais baixa — exige uma abordagem diferente.