Outro dia, em um post que celebrava os 25 anos de fundação do Judão, o comentário do Derek Keller no LinkedIn me lembrou daquilo que era o nosso verdadeiro Natal: a cobertura da San Diego Comic-Con.
Confesso que eu estava deixando o evento deste ano passar em branco, sem nenhuma lembrança. Mas não deu.
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Para quem não conhece, a SDCC é o maior evento de cultura pop do mundo — e também a inspiração original da nossa CCXP. Lá se encontram fãs, artistas, atores, roteiristas, produtores e todo um universo de gente para celebrar juntos aquilo que amam.
Nas últimas décadas, Hollywood se envolveu cada vez mais com a Comic-Con. Por isso, agora, sempre que um estúdio não aparece ou reduz presença, surgem os comentários de que “a convenção perdeu força”. Quem diz isso nunca pisou lá — ou, se pisou, não entendeu de verdade o que o evento representa. Porque a Comic-Con é muito maior do que só o filme ou a série do momento.
Tive o privilégio de fazer a cobertura presencial da SDCC cinco vezes: três pelo Judão, uma pelo Filmelier e outra pelo UOL. Também publiquei reportagens na Mundo dos Super-Heróis e na Revista Oficial do Xbox. E claro, tive dezenas de coberturas à distância, desde 2007 — incluindo os dois anos em que o evento foi 100% virtual por causa da pandemia.
E posso te dizer: a mágica da Comic-Con está nos detalhes. Como quando o Tarantino apareceu de surpresa em um painel da DC para anunciar um título novo. Quando desconhecidos subiram no palco para homenagear Stan Lee meses após sua morte. Ao garimpar acetatos originais de animações clássicas. Ou ainda no painel que tradicionalmente fecha o evento no domingo, com a exibição do episódio musical de “Buffy” — e todo mundo cantando junto.
Se você gosta de cultura pop, aqui vai meu conselho: vá pelo menos uma vez na vida para a San Diego Comic-Con. A CCXP faz um ótimo trabalho por aqui, não vou negar, mas a SDCC é outra coisa. E quando for, não fique só no Hall H (onde estão os astros e os blockbusters). Circule. Converse. Entre em painéis menores. Se deixe surpreender.
Depois me conta. Você vai me agradecer.
