Eu me rendi ao Substack, mas chego com um pé atrás

Eu me rendi ao Substack para ver de perto se o “salvador do jornalismo” é tudo isso mesmo. Mas confesso: já chego com um pé atrás.

Nos últimos anos, a plataforma ganhou fama como espaço para difusão e monetização de conteúdo jornalístico, especialmente o independente. Funciona como newsletter, permite textos mais longos, oferece ferramentas para assinaturas pagas e, mais recentemente, até investiu em recursos mais sociais, incluindo um “microblog” no estilo do velho Twitter.

Muitos comunicadores, jornalistas e criadores de conteúdo já migraram para lá – e os leitores também. Até nomes do TikTok estão na mira. Do lado dos investidores, parece estar dando certo: após a última rodada, o Substack foi avaliado em mais de US$ 1 bilhão.

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Contudo, tenho dúvida sobre colocar o jornalismo independente em um cercadinho seja a solução, muito menos em um lugar que pode continuar favorecendo o surgimento de bolhas de opinião. 

Vale lembrar que o Substack já deu visibilidade – e dinheiro – a vozes antivacina, nazistas, de extrema direita e outros extremistas. E, ao meu ver, o atual problema da imprensa e da comunicação como um todo passa justamente por isso. 

Ainda assim, só dá para criticar de verdade (ou ser convencido pelos acertos) usando o serviço. Como alguém interessado em entender o presente e o futuro do jornalismo, me coloquei a tarefa de testá-lo na prática.

Por isso, a partir de agora, a maioria dos meus posts sobre a indústria do entretenimento, mídia, comunicação, cinema, streaming e TV também será publicada no Substack. 

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Quem não quiser seguir por lá, não precisa se preocupar: nada será exclusivo. Você continua me lendo lá no LinkedIn e aqui no meu blog. A coluna do UOL continua exclusiva no portal, também.