“A América Latina é sobre futebol e novelas.” A frase não é minha — é do executivo responsável por comandar toda a estratégia de conteúdo da HBO Max na nossa região. Honestamente, ela resume bem o que realmente move o público daqui no streaming.
Conversei com Mariano César, SVP da HBO Max para a América Latina, sobre a guinada que a plataforma está fazendo no Brasil: mais novelas, mais histórias latino-americanas e um foco cada vez maior em formatos que realmente viajam para outros países. Ele contou que “Chespirito”, a série sobre o criador de “Chaves”, ficou entre as cinco produções que mais trouxeram novos assinantes para o serviço desde o lançamento.
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Falamos sobre “Beleza Fatal” (“a confirmação do poder das novelas”), sobre a nova fase de franquias regionais como “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, sobre o acordo ampliado do Paulistão e sobre o dilema de ser uma marca com DNA de prestígio que agora abraça gêneros populares sem medo. Sim, uma plataforma que carrega a marca HBO no nome faz novela — e faz por estratégia.
E, claro, entrou na conversa o elefante na sala: a possível venda da Warner Bros. Discovery. A resposta dele foi diplomática, mas reveladora. Em um mercado que tem vivido tantas consolidações nos últimos anos, “o foco precisa ser no conteúdo, não nas transições de curto prazo”.
Se quiser entender para onde o streaming está rumando por aqui, essa entrevista diz bastante.
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