A Warner Bros. Discovery rejeitou a oferta hostil de US$ 108 bilhões da Paramount Skydance, mas este certamente não será o capítulo final da novela.
Na manhã de hoje (17) — ainda madrugada em Los Angeles — o board da WBD orientou seus acionistas a não aceitarem a proposta de US$ 30 por ação, considerada “inadequada”, “ilusória” e com “riscos significativos”.
“Esta oferta, mais uma vez, deixa de abordar as principais preocupações que temos comunicado consistentemente à Paramount ao longo de nosso extenso diálogo e análise de suas seis propostas anteriores”, afirmou o board de diretores, em comunicado.
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“Estamos confiantes de que nossa fusão com a Netflix representa um valor superior e mais seguro para nossos acionistas e estamos ansiosos para concretizar os benefícios convincentes dessa combinação”, diz o texto.
A negativa já vinha esquentando desde o fim de semana e, a esta altura, era esperada. Basicamente, a WBD não confia na oferta: há riscos ligados aos fundos soberanos árabes envolvidos, e as garantias dadas por Larry Ellison — um dos homens mais ricos do mundo e pai de David Ellison, hoje o nome por trás da Paramount — não seriam claras o suficiente.
Do ponto de vista regulatório, o board também não enxerga um caminho mais simples para essa proposta do que para a fusão com a Netflix.
Vamos ver agora se David Ellison tem garrafas vazias para vender, como dizemos aqui no Brasil. Caso tenha, uma nova — melhor e maior — deve aparecer em pouquíssimo tempo.
Peguem a pipoca: ainda estamos longe do desfecho.
