Os podcasts chegaram à última fronteira: a Netflix. A gigante do streaming anunciou ontem, 14, um acordo com o Spotify para incluir em seu catálogo alguns programas em vídeo da plataforma.
O acordo começa pelos Estados Unidos, no início de 2026, e será ampliado para outros países aos poucos.
Para quem acompanha minha cobertura, a novidade não chega a ser surpreendente.
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O pacote traz produções de The Ringer, estúdio adquirido pelo Spotify em 2026 e responsável por títulos de peso, como The Bill Simmons Podcast. São nomes relevantes, com público consolidado.
Dos 16 podcasts, nove são sobre esportes. Não é exatamente a entrada da Netflix no mundo das notícias, mas representa a chegada de um elemento “quente” ao cardápio da plataforma.
A parceria, no entanto, vai além disso. Para o grande N vermelho, significa adicionar produtos que já provaram sua capacidade de fidelizar e manter o público engajado por horas. Em um momento em que a Netflix precisa de inventário para publicidade, esse é um trunfo importante. E mesmo nos planos sem anúncios, aumentar o tempo médio de uso continua sendo um objetivo central.
Já para o Spotify, como a própria empresa destacou no press release, trata-se de uma oportunidade de descoberta: levar os programas da Ringer a uma audiência muito maior. Isso pode não só ampliar o alcance e atrair ouvintes para outros títulos, mas também aumentar a receita dos próprios podcasts – em plena fase de transformação do mercado.
É o famoso ganha-ganha.
Aliás, esse movimento já tinha sido tema da minha participação no podcast Fala Wega, do Fabio Silveira, há alguns meses, antes mesmo de a parceria se concretizar. Ouça clicando aqui.
Ah, sim: em 2026 vão repetir novamente que “é o ano do podcast”…