Começou um leilão em Hollywood – e é um raro, o de um estúdio. A Warner Bros. Discovery abriu oficialmente a temporada de ofertas por seus ativos.
Depois de anunciar que se separaria em duas partes – uma nova Warner Bros., com catálogo, cinemas e HBO Max; e uma nova Discovery, com canais pagos e a CNN –, o grupo recebeu, segundo a imprensa norte-americana, uma oferta não solicitada da Paramount Skydance pelo pacote completo.
A proposta não foi aceita, mas serviu para acender a disputa. Afinal, leilão faz o preço subir.
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Por isso, a WBD comunicou nesta semana que “abriu conversas” com potenciais compradores após “múltiplas ofertas não solicitadas”. E mais: afirmou estar aberta a vender tudo, apenas uma parte ou até considerar outra separação diferente da planejada.
Basicamente, os interessados vão assinar acordos de não-divulgação (NDAs) para acessar números e detalhes internos.
Nesse cenário, várias possibilidades se abrem. A Netflix, por exemplo, estaria tentada pelo HBO Max e a vasta biblioteca de filmes e séries, ainda que tenha tido recentemente que não gosta de grandes fusões. Além disso, a soma dos streamings poderia virar monopólio, causando problemas.
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Para a Apple, a soma com a Apple TV criaria um produto poderoso, recheado de propriedades intelectuais — mas será que a empresa toparia um movimento desse porte num momento em que a IA já causa dor de cabeça nos setores de smartphones e computadores?
A Comcast, dona da NBCUniversal, também aparece no radar, embora enfrente obstáculos financeiros e regulatórios.
E há sempre a chance de fundos de investimento obscuros tentarem abocanhar uma parte mais frágil — ou até o todo.
Em maior ou menor grau, qualquer caminho coloca um dos mais tradicionais estúdios de cinema do mundo sob risco. Seja em fusão com concorrente ou big tech, a Warner pode acabar reduzida a um selo dentro de um conglomerado muito maior, ou levar a muitas demissões.
Definitivamente, não é um bom momento para ser Wakko, Yakko ou Dot.
