Tchau, Wondery: a rede e publisher de podcasts da Amazon está sendo encerrada. O que isso representa para o futuro da mídia?
De acordo com reportagem da Bloomberg, cerca de 110 pessoas vão perder o emprego, incluindo a CEO da Wondery – que continuará existindo como marca para alguns programas que seguirão adiante. No Brasil, vale lembrar, cortes já haviam ocorrido anteriormente.
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Parte da equipe será realocada em outras divisões da Amazon, enquanto programas apresentados por grandes nomes vão migrar para um novo time. O app Wondery+ continuará funcionando, ao menos por enquanto.
Esse é um momento de inflexão importante para a mídia. A Amazon adquiriu a Wondery por US$ 300 milhões em 2020, quando a pandemia colocou os podcasts sob os holofotes. Na época, a pequena empresa – fundada em 2016 – chamava atenção com suas produções de alto padrão.

De lá para cá, como aponta a própria Bloomberg, a indústria começou a mudar. Os podcasts migraram para o vídeo, e o YouTube passou a dominar esse espaço. Isso dificultou a vida da Wondery, que apostava em produções sofisticadas, como séries true crime com roteiros elaborados. Saiu na frente quem investiu em formatos mais simples ou visuais.
Não por acaso, o que vai restar é o que a Amazon está chamando de “creator services”, uma estrutura voltada a criadores que exploram seus programas a partir da força de suas imagens reconhecidas pelo público.
Como vemos, o protagonista da nova fase dos podcasts é mesmo o vídeo — ancorado em grandes personalidades. Não precisam ser famosas de antemão, mas precisam ter carisma suficiente para chegar lá, mesmo que apenas dentro do seu nicho.
Recentemente, estive ao lado do Chico Felitti no podcast Fala Wega para comentar sobre o passado, presente e futuro do formato. Vale a pena ouvir.