Sabe de quem será o próximo game FIFA? Não, a marca não voltou para a EA. Em 2026, o jogo será da Netflix.
Quem conhece o mundo dos jogos eletrônicos sabe: a série FIFA marcou época. O contrato de licenciamento da marca, porém, acabou, e o título virou EA Sports FC.
Agora, a FIFA retornará aos gramados virtuais em 2026 de um jeito que muita gente vai achar inusitado. A Netflix anunciou ontem (17) que fechou o licenciamento da marca e que, no próximo ano, lançará um título desenvolvido pela Delphi Interactive — da qual, confesso, nunca ouvi falar antes — exclusivamente no Netflix Games.
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Não foram divulgados os valores do contrato de licenciamento nem detalhes de como será a divisão de receitas.
O lançamento, segundo a empresa, será “a tempo” da Copa do Mundo de futebol masculino.
Para jogar, bastará ter o app da plataforma no celular — e uma assinatura ativa, é claro. Mas aqui entra um asterisco do comunicado oficial que é importante: o game também estará disponível em algumas TVs, em certos países.
A notícia é grande. Afinal, representa uma marca fortíssima chegando com exclusividade ao Netflix Games. E isso em um momento de enorme interesse global pelo futebol, impulsionado por um torneio do qual a Netflix não possui os direitos de transmissão. Houve, no passado, precedentes de eventos esportivos globais diminuírem a audiência do serviço em cerca de 10%, como no caso dos Jogos Olímpicos de 2016.

Agora, não se engane: dificilmente este será um título que vá dialogar com o mesmo público dos tempos da EA. “Queremos trazer o futebol de volta às suas raízes com algo que todos possam jogar com apenas o toque de um botão”, afirmou Alain Tascan, presidente de Games da Netflix, no comunicado.
Traduzindo: será algo mais simples e fácil de jogar, sem as complexidades que a versão da EA ganhou ao longo do tempo. O envolvimento de um estúdio pequeno reforça que será algo mais casual também.
Isso mostra, ainda, que a própria FIFA está priorizando agora um parceiro com alcance global e uma jogabilidade acessível, buscando popularizar o seu nome. É diferente dos tempos da EA, quando ter a entidade na capa justificava a venda de um jogo caro.
Resta saber se este novo FIFA terá algum tipo de microtransações dentro do gameplay ou se funcionará “apenas” como uma estratégia de retenção de assinantes — ou até, no futuro, com a exibição de publicidade.
Seja como for, a Netflix segue firme nos investimentos em games — área em que ainda não emplacou um hit cultural do tamanho que um FIFA tem potencial para ser. E vale lembrar: a empresa quer comprar a Warner Bros. Discovery, que tem uma divisão inteira dedicada a jogos.
