Disney+, Star+ e Hulu

O capítulo final da novela Disney no streaming?

As idas e vindas da Disney com o Star, o Hulu e o Disney+ são o exemplo claro de como a mídia legada está perdida na nova era do streaming – digna da trilha de abertura de Os Trapalhões.

Para quem não está acompanhando o noticiário, a aba/seção/hub Star do Disney+ será descontinuada em 8 de outubro, sendo substituída pelo Hulu.

Só que este é apenas o capítulo final (torço) dessa história.

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Tudo começou quando a empresa do Mickey desistiu de usar a marca Fox, que veio junto com a aquisição de boa parte da então 21st Century Fox. A escolha foi pelo nome Star, vindo de uma operação do grupo na Índia.

Assim, o canal Fox da TV paga latino-americana virou (o finado) Star Channel, e a operação local lançou também um streaming menos “família”, o Star+.

O problema é que já existia a plataforma Starzplay, da Lionsgate. O caso foi parar na Justiça e acabou resolvido por meio de um acordo – que, dizem, teria custado R$ 50 milhões, valor não confirmado. O Starzplay deixou de existir, virou Lionsgate+… que também já foi encerrado.

No meio do ano passado, a Disney decidiu acabar com a estratégia de duas plataformas na América Latina. Tudo foi consolidado dentro do Disney+, com a criação de um hub da marca Star.

O Hulu passa a fazer parte do catálogo do Disney. Nos EUA, também foi lançado o ESPN+
O Hulu passa a fazer parte do catálogo do Disney. Nos EUA, também foi lançado o ESPN+

Só que boa parte do conteúdo original dessa seção era, nos EUA, parte do catálogo do Hulu – plataforma que surgiu como joint venture entre vários estúdios para concorrer com a Netflix. Com o tempo, as empresas foram saindo e a Disney ficou sozinha.

Além do que já tinha desembolsado na compra da Fox e no investimento inicial, a empresa pagou US$ 10 bilhões (cerca de R$ 53 bilhões) para ter o controle total do Hulu – que, pasmem, agpra está sendo descontinuado nos EUA e também será incorporado ao Disney+.

Agora, a Disney terá apenas um serviço de streaming de entretenimento geral no mundo todo, com submarcas padronizadas. Mas a que preço – literalmente?